quarta-feira, 13 de março de 2013

No cinema: Dezesseis Luas

Sou completamente fascinada pela magia do cinema (frase cafona, eu sei!) e meu programa favorito nos finais de semana é correr pro cinema (claro que depois eu vou pro bar degustar uma cervejinha #confissões). Sou dessas chatas pseudocinéfilas meio ranzinzas que ficam se chateando com o pessoal cada vez mais educado que frequenta as salas de cinema #NOT. 
Sob esse cenário, nada mais natural do que escrever sobre filmes aqui no blog né? Então lá vamos nós, espero que vocês gostem.
"O novo Crepúsculo". Essa é a frase de divulgação do filme Dezesseis Luas (Beautiful Creatures, nos EUA), que entrou no circuito de cinemas brasileiros dia 01 de março. É fato que a Saga: Crepúsculo tanto livros quanto filmes, abriram espaço para um nova safra de franquias adolescentes com temática sobrenatural. E depois de vampiros, lobisomens, zumbis, bruxos... chegou a hora da feitiçaria.

Não tinha muitas expectativas no filme, não li o livro, e agora depois de ter assistido o filme, não pretendo ler a série Beautiful Creatures (sim sou dessas, que me convenço pelos filmes, por isso sempre gosto de ler o livro primeiro, mas dessa vez não deu!), e antes que os fãs mais fervorosos se chateiem, eu parto da premissa que qualquer filme deve se sustentar sozinho, ou seja, uma boa adaptação tem que permitir que o telespectador entenda a história mesmo sem ter lido o livro. E já começo dizendo que isso não aconteceu em Dezesseis Luas.

Vamos a história. Ethan (Alden Ehrenreich) é um estudante do High School de 16 anos, órfão de mãe e que mora com um pai aparentemente (digo aparentemente, porque ele não aparece no filme e não temos muito detalhes sobre o relacionamento dos dois) deprimido pela morte da esposa. Ethan sonha em sair de Gatlin, uma cidadezinha sulista, e ir estudar em Nova York, ah ele também sonha literalmente com uma misteriosa jovem. Até que um dia pá... a misteriosa garota que vem perturbando seus sonhos é a sua nova colega de classe. Trata-se de Lena (Alice Englert) sobrinha do esquisitão Macon Ravenwood (Jeremy Irons) que cultiva fama de satanista entre os moradores da cidade.Lena descende de uma família de poderosos feiticeiros e no seu 16º aniversário ela será escolhida pela Luz ou pelas Trevas. 

Logo que Lena chega à escola, ela e Ethan se aproximam e lógico acabam se apaixonando, e enquanto vão vivendo sua história de amor clichê a mãe de Lena, Seraphine (Emma Thompson) retorna para convencer a filha a liderar as forças das Trevas e usa o amor dos dois jovens para trazer à tona uma antiga maldição.

As comparações com Crepúsculo são inevitáveis, e assim como a trama Dezesseis Luas também conta com um casal  protagonista pouco conhecido do público, mas sinceramente eu consegui ter mais antipatia por Ethan e Lena do que eu tinha pelo triângulo amoroso criado por Stephenie Meyer. O casal não convence em cena e eu não consegui me "afeiçoar" aos personagens nem torcer pelo romance dos dois, tanto fez se eles ficaram juntos ou não.

O roteiro de Richard LaGravenese ("PS, Eu te amo") é confuso, e muitas pontas ficaram soltas ao longo da trama, como por exemplo, a relação entre a família de Macon e a de Amma (Viola Davis), o romance entre a mãe de Ethan e Macon,  e gente eu preciso perguntar "cadê o pai do Ethan?" Tudo bem, ele ser depressivo, mas ele nem dá as caras no filme mesmo o telespectador sabendo que ele existe e mora na mesma casa do filho...estranho. Toda a história da maldição é confusa e simplesmente não funciona. Enfim, a salvação seria todas essas "pontas soltas" serem explicadas nos próximos filmes. 

Alden Ehrenreich, no papel de Ethan conseguiu chamar um pouco de atenção, com uma interpretação cômica, mas  exagerada em alguns momentos. Jeremy Irons parece constrangido com seu personagem canastrão. Emma Thompson se esforça (acho que não tinha como ser melhor com o material que ela tinha em mãos) em uma atuação deliciosamente exagerada, porém se era para Seraphine ser   a grande vilã, foi mal aê, mas não deu certo, porque eu só conseguia rir com suas cenas. Emmy Rosssum como a maldosamente sedutora prima Ridley provoca alguns risos mas é totalmente dispensável para a história.

Os efeitos especiais são mal feitos e o design de produção é extremamente brega, os figurinos são tão pavorosos (já dá pra perceber pelo pôster) que no comecinho eu achei que tratava-se de uma história em um tempo passado, só isso explicaria o figurino e os penteados inexplicáveis, mas NÃO, a história é dos dias atuais mesmo, ou seja, o povo de Gatlin é cafona mesmo!
Fiquei contando os minutos pro filme acabar e é uma pena que os defeitos da produção tornem a produção extremamente frustante, funcionando mais como um filme trash do que um romance adolescente. A única coisa que salvou foi a explicação de Ethan para o final de Titanic! #spoilers. Assistam ao trailer e tenham uma amostra do que eu estou falando.

Espero que vocês tenham gostado, e vocês curtiram Dezesseis Luas? E o livro?


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